Os atentados de 11 de setembro contra os Estados Unidos completam duas décadas neste ano de 2021.
Naquela terça-feira em 2001, há 20 anos, quatro voos comerciais foram sequestradas por 19 membros da organização terrorista Al-Qaeda, e lançados contra alvos em solo americano.
Foram quase 3.000 mortos, marcando a primeira vez em que os EUA foram atacados dentro do próprio país desde o ataque à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os ataques de 11 de setembro mudaram a conjuntura da geopolítica mundial, desencadeando a “Guerra ao Terror” do governo George W. Bush, que levaria às invasões no Iraque e no Afeganistão (esta última, encerrada em agosto).
Veja abaixo alguns dos fatos marcantes sobre o 11 de setembro e seus desdobramentos. World Trade Center em chamas após ataque em 2001
World Trade Center em chamas após ataque em 2001 (Spencer Platt/Getty Images)
1 – Não só as Torres Gêmeas foram atacadas
Os ataques de 11 de setembro incluíram quatro aviões sequestrados, embora as cenas do World Trade Center, em Nova York, sejam até hoje as mais lembradas. O local foi também o com maior número de vítimas, mais de 2.700 pessoas.
Tudo durou menos de duas horas: o primeiro avião atingiu o World Trade Center às 8h46, o segundo, às 9h03, e com o impacto, a última torre desmoronou às 10h28.
- World Trade Center: Os sequestradores fizeram dois aviões colidirem com as Torres Gêmeas, em momentos diferentes. O impacto matou todos os passageiros a bordo e muitos trabalhadores dos edifícios. As duas torres desmoronaram pouco tempo depois, fazendo novas vítimas.
- Pentágono: O terceiro avião foi lançado às 9h37 contra o Pentágono, sede da defesa dos Estados Unidos, no estado da Virgínia, matando 184 pessoas.
- O avião de Shanksville: um quarto avião caiu às 10h03 em um campo aberto em Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram tomar o controle da aeronave contra os terroristas. Todos os passageiros morreram.
2 – Vítimas foram avisadas no voo 93
A história do avião que caiu em Shanksville é símbolo de alguns dos muitos heróis anônimos da tragédia.
O voo doméstico de número 93 da United Airlines saiu de Nova Jersey e rumava para a Califórnia quando foi sequestrado.
Como se sabe hoje, uma vez que o voo atrasou para decolar, os passageiros do avião conseguiram saber do ataque em Nova York e no Pentágono. Homenagens, em foto de 2002, ao local em que o voo 93 caiu em Shanksville, na Pensilvânia
Homenagens, em foto de 2002, ao local em que o voo 93 caiu em Shanksville, na Pensilvânia (DAVID MAXWELL/afp/Getty Images)
Ligações dos passageiros para as famílias usando linhas do avião ou celulares privados, pouco depois das 9h30, mostram os momentos que antecederam a queda.
Um dos passageiros, Thomas Burnett, Jr., fez diversas ligações à esposa, e disse que os sequestradores “estão falando sobre derrubar este avião […]”. “Meu deus, é uma missão suicida.”
Depois, disse à esposa que “vamos todos morrer. Há três de nós que vão fazer alguma coisa sobre isso. Te amo, querida”. Outro, Todd Beamer, é ouvido ao fundo de uma ligação dizendo “vocês estão prontos? Vamos lá”.
Graças às gravações, é possível saber como os presentes se sacrificaram para evitar outro ataque – não se sabe qual era o alvo dos quatro sequestradores, mas teorias vão da Casa Branca a alvos nucleares.
Homem em destroços das Torres Gêmeas: pessoas que respiraram pó tóxico enfrentaram problemas anos depois
3 – Houve vítimas posteriores
Ao todo, foram contabilizadas 2.977 vítimas dos ataques de 11 de setembro. As vítimas tinha de 2 a 85 anos e entre 75% e 80% eram homens.
Mais de 340 bombeiros e duas dezenas de policiais também morreram no resgate das vítimas em Nova York. Muitas pessoas ainda não foram identificadas.
Além disso, nos anos seguintes, outras mortes foram adicionadas à lista de vítimas diretas do 11 de setembro devido a efeitos colaterais da exposição a gases tóxicos nos destroços.
Em 2007, médicos concluíram que a advogada Felicia Dunn-Jones morreu em 2002 devido à exposição ao pó carregado de amianto gerado na derrubada do World Trade Center. Dunn-Jones trabalhava em um escritório próximo ao local e havia sobrevivido aos destroços.
Leon Heyward, que trabalhava para a Prefeitura nas proximidades e ajudou voluntariamente a resgatar sobreviventes no atentado, também morreu em 2008 com linfoma, tumor em células linfáticas, também associado ao caso. Outro exemplo foi de Jerry Borg, que trabalhava nas proximidades e morreu de doença pulmonar em 2010.
Memorial do 11 de setembro em Nova York, em região onde ficavam as Torres Gêmeas
Memorial do 11 de setembro em Nova York, em região onde ficavam as Torres Gêmeas (Michael M. Santiago/Getty Images)
4 – Conta-se bilhões de dólares em danos
Para além das perdas humanas no ataque e nas guerras que se seguiriam, o 11 de setembro teve uma série de impactos econômicos diretos, como seguros bilionários pagos a empresas afetadas e até mesmo a redução de voos nos períodos que se seguiram, diante do temor de novos ataques.
( Com Informações: VEJA )