Técnico lembra tropeços anteriores para dimensionar triunfo desta sexta: “Tínhamos que vencer”
Depois de dois empates com gols sofridos no fim, o Vasco conseguiu, enfim, vencer sob o comando de Fernando Diniz. O técnico comemorou bastante o 1 a 0 sobre o Brusque, fora de casa, com um jogador a menos, e ressaltou que o triunfo era necessário para que a equipe ganhasse mais confiança para a reta final da temporada.
– Hoje foi um jogo muito importante para um ganho de confiança A partida por si só era difícil, o gramado muito irregular. Eles subiram a marcação. Com a perda do Léo Matos, ficamos com um jogador a menos. Mas tínhamos que vencer o jogo – disse Diniz, em entrevista coletiva.
– Hoje não sofremos gol. Eles tiveram oportunidades, o Vanderlei fez defesas importantes. Contra o Cruzeiro o Vanderlei praticamente não trabalhou. Isso são coisas do futebol acontecem. Hoje fomos merecedores. O Léo foi expulso, ao meu ver, de forma injusta. Ele é um jogador muito leal. Mas com a expulsão nos ajustamos, todos correram, se dedicaram. Foi uma vitória de coração – exaltou Diniz.
O técnico lembrou os tropeços anteriores e reforçou o trabalho feito para blindar o elenco de críticas.
– É um trabalho constante para o externo não atrapalhar o interno. Fizemos dois bons jogos e empatamos. Hoje conseguimos a vitória em um campo com péssimas condições. O Brusque foi penalizado com a perda de três pontos. Isso deu um ingrediente a mais, e conseguimos uma vitória muito importante – completou.
Confira outras respostas de Diniz:
Ajustes após expulsão de Léo Matos
– O primeiro ajuste que fiz foi colocar o Morato na lateral. Tentamos voltar assim para o segundo tempo, mas não estava bom. Em tese um time mais defensivo, mas não foi o que aconteceu. Ficamos mais seguros nas saídas, conseguimos chegar rapidamente. O Brusque tem o jogo aéreo, conseguimos segurar. O Vanderlei teve uma ótima atuação, precisamos muito dele para sair com os três pontos.
Nenê
– Achei que ele estava puxando cãibra, mas ele falou que não estava. Eu ia tirá-lo, mas não queria, assim como no jogo contra o Cruzeiro. Ele compensa o cansaço com qualidade técnica e experiência. É muito experiente para compor o esquema defensivo.
– Minha relação com ele vem de um tempo atrás. Joguei contra quando ele estava no Paulista e eu estava no Fluminense. Temos amigos em comum. Sempre admirei demais o futebol do Nenê. Na primeira chance que tive para trabalhar comigo, eu levei para o Fluminense. Assim que cheguei no Vasco, teve essa possibilidade.
– Ele é um exemplo pela paixão no futebol. Acrescenta muito, tem gosto de jogar. Tem dinheiro envolvido, futebol tem dessas coisas, mas o Nenê é um apaixonado, assim como eu. Formamos uma dupla interessante. Ele tem essa paixão pela bola, contagia os companheiros, os torcedores e tem muito a nos ajudar nessa tarefa que temos a cumprir.
Perigo na bola aérea
– A bola parada para algumas equipes é a força número um. O Brusque foi assim. Treinamos muito a bola parada. O gol anulado foi de uma bola parada. Mas depois soubemos nos defender bem, eles tiveram muitos escanteios e fomos bem. Estávamos com um jogador a menos, eles colocaram muitos jogadores grandes e fomos bem. Mas concordo que temos que melhorar. Tanto na parte individual quanto na parte zonal.
Goiás
– Equipe que vem fazendo uma campanha regular, dirigida por um grande treinador (Marcelo Cabo) que passou por aqui. Vamos ver os vídeos, eles também têm uma bola aérea forte. Temos que descansar o time, mas trabalhar bem na véspera do jogo para encarar mais esse desafio.
Erros do VAR e ajustes
– Quanto ao VAR, não discutimos isso no intervalo. Nossa ideia foi ajustar a equipe da melhor maneira possível. Não voltamos como eu imaginava, o time estava vulnerável, e acabamos mexendo. O time ficou mais seguro.
Zeca na direita contra o Goiás?
– O Zeca jogar na direita é uma possibilidade. Mas vamos avaliar o que temos no elenco.
Entrada de Walber
Contra o Goiás também terminamos com Walber, Castan e Ricardo. Embora com três zagueiros, jogamos com uma linha de quatro. Eles estavam tendo muita bola aérea. Então crescemos mais o time, deixamos o time mais seguro, e demos mais liberdade para o pessoal da frente
Clima no vestiário
Clima de muita alegria, obviamente com um pouco de alívio. Uma comemoração de muito merecimento de um time que se entregou no jogo e nos treinamentos. Desde a minha chegada eles vêm se entregando, honrando a camisa do Vasco e trabalhando para conseguir esse acesso à Série A.
O Nenê é um jogador muito diferente. Essa experiência conta muito. Ele não vai ter o vigor de um garoto de 20 anos, mas compensa de outras formas. Vai decidir, tem carisma… Hoje ele ficou até o final, achei que ele estava com cãibras.
Ricardo Graça
Sempre gostei do Ricardo Graça contra jogava contra. Jovem, campeão olímpico. Não é qualquer um que ganha uma medalha olímpica. E é um jogador que, desde que cheguei aqui, só evolui, trabalha muito, sabe bastante do Vasco, está aqui há muito tempo. Tem muita alegria para dar aos vascaínos.
(Com informações do ge).