Os Auditores-Fiscais do Trabalho emitiram guias de Seguro-Desemprego em favor das vítimas, que asseguram três parcelas de um salário-mínimo.
Uma operação liderada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 35 trabalhadores em condições análogas às de escravo em Roraima. Seis dos trabalhadores foram resgatados em atividades de desmatamento em Caracaraí, no Sul de Roraima, enquanto outros 29 trabalhadores foram autorizados a condições degradantes em uma fazenda em Amajari, no Norte de Roraima.
Dos seis trabalhadores encontrados em Caracaraí, cinco atenderam diretamente no corte da madeira e um era cozinheiro. Esses trabalhadores vinham para Roraima do Pará e do Mato Grosso sob a promessa de recompensas entre R$ 4 mil e R$ 6 mil remédios, mas não recebiam água potável, banheiros, refeições conforme o combinado e equipamentos de proteção individual.
Os Auditores-Fiscais do Trabalho emitiram guias de Seguro-Desemprego em favor das vítimas, que asseguram três parcelas de um salário-mínimo. Os trabalhadores resgatados foram levados para uma hospedaria local, onde aguardam o transporte para suas cidades de origem. Além disso, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público do Trabalho acordaram com o explorador o pagamento de um salário-mínimo por mês trabalhado, para cada trabalhador, a título de dano moral individual.
Operação, batizada em homenagem ao ex-servidor do Ministério do Trabalho e Emprego Aldir Morais, falecido em 2020, teve sua quarta edição em 2023 e contorno com a participação do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho, da Defensoria Pública da União , da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama.