Melhorar a qualidade do atendimento ao paciente com hanseníase foi o principal objetivo do treinamento realizado por meio da parceria entre a Sesau (Secretaria de Saúde) e o Ministério da Saúde, destinado aos profissionais que atuam na Policlínica Coronel Mota, principal referência do Estado no tratamento da doença.
Realizada desde segunda-feira, dia 7, a atividade dá sequência às atualizações realizadas em abril, quando profissionais da Atenção Primária à Saúde dos municípios receberam treinamento que contou com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde e da Fundação Sasakawa de Saúde.
“Quando estávamos idealizando esse treinamento, decidimos priorizar esses profissionais por observarmos uma necessidade. Eles já haviam expressado esse interesse, e essa foi a oportunidade que tivemos para aplicá-la”, afirmou a gerente do Núcleo de Controle da Hanseníase, Rita Fo
Ao todo, o treinamento contou com sete profissionais do setor especializado no cuidado ao paciente com hanseníase, entre enfermeiros, farmacêuticos e dermatologistas, como Alba Palermo.
“É de suma importância, até porque é bom reciclar; há sempre novidades, e a Dra. [Roseane Pereira] veio de Brasília para repassar o que há de novo, o que podemos melhorar no nosso atendimento. O treinamento é ótimo para o nosso conhecimento. Isso faz com que possamos tirar todas as nossas dúvidas que eventualmente surgem e faz com que treinemos o nosso olhar, o nosso tato e ampliemos a nossa percepção a partir do momento em que recebemos conhecimento”, ressaltou.
Para a médica dermatologista e consultora técnica do Ministério da Saúde, Roseane Pereira de Deus, o diagnóstico tardio ainda é o maior desafio que o país enfrenta no combate à doença.
“Como um problema de saúde pública, e o Brasil sendo o segundo país com maior incidência de novos casos no mundo, o Ministério da Saúde precisa ter esse olhar de cuidados, principalmente para as localidades mais remotas. Enquanto tivermos uma pessoa com a doença, ela pode ser considerada um paciente infectante, especialmente se não estiver em tratamento. Temos que tratá-la corretamente para eliminar a hanseníase como um problema de saúde pública, romper a cadeia de transmissão e prevenir incapacidades, sequelas e deformidades advindas da doença”, destacou.
É importante ressaltar que, além de combater o estigma e o preconceito em torno da doença, o Ministério da Saúde tem como principal meta a eliminação da hanseníase até o ano de 2030, cumprindo assim a Estratégia Global da Organização Mundial da Saúde.