A Seed (Secretaria de Educação e Desporto) promoverá três cursos de capacitação para professores e gestores da Comunidade Indígena Jatapuzinho, no município de Caroebe, região sul do Estado. A capacitação será realizada nas próximas quarta-feira, 23, e quinta-feira, 24.
A iniciativa, coordenada pelo Ceforr (Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima) será realizada para aprimorar as práticas pedagógicas e administrativas, com foco em alfabetização, recomposição de aprendizagem e relações interpessoais nas escolas indígenas.
A formação acontecerá na Escola Estadual Indígena Wai-Wai, para professores e servidores da etnia de mesmo nome atendendo o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de outros profissionais das escolas indígenas.
Os três cursos – “Encontro Formativo por meio do Programa Alfabetizando Hoje”, “Planejamento e Estratégicas Metodológicas para o Ensino da Educação Escolar Indígena” e “Relações Interpessoais na Escola Indígena e o Fortalecimento do Convívio de Grupos Sociais” – abordam temas centrais para o desenvolvimento das escolas indígenas e a melhoria da qualidade do ensino.
As inscrições serão realizadas no local, e as atividades ocorrerão presencialmente, divididas em turnos ao longo dos dois dias.
A gerente de educação escolar indígena do Ceforr, professora Adine Ramos, reforça o impacto da ação, destacando a importância do apoio logístico para viabilizar os cursos na área de difícil acesso.
Cursos irão melhorar alfabetização de alunos e melhorar as relações na comunidade escolar
“A necessidade da formação está relacionada à alfabetização e recomposição de aprendizagem. O segundo curso, vai atender os professores que trabalham do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e EJA, com foco em planejamento e estratégias metodológicas para o ensino da educação escolar indígena. E o último curso vai tratar das relações interpessoais nas escolas indígenas e do fortalecimento de grupos sociais”, explicou.
A professora também falou sobre os desafios de logísticas superados para a oferta dos cursos aos docentes indígenas: “Nós iremos com oito formadores para essa comunidade e enfrentamos algumas dificuldades, porque é uma área de difícil acesso. Precisamos de transporte terrestre e, em seguida, transporte fluvial. Uma viagem de aproximadamente 10 horas”, disse.