A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio apreenderam, nesta segunda-feira (18), duas armas e R$ 148 mil em espécie na casa da deputada estadual Lucinha (PSD). A parlamentar é suspeita de ligação com a milícia e foi alvo da Operação Batismo.
A Justiça do Rio determinou que Lucia Helena Pinto de Barros seja afastada do cargo e proibida de manter contato com determinados agentes públicos. Ela também não pode visitar a Alerj. A Casa informou que ainda não recebeu o comunicado do Tribunal de Justiça do Rio, e que, assim que for informada oficialmente, tomará as providências cabíveis com base na decisão judicial.
Fontes da PF ouvidas pela CNN dizem que a deputada é o “braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho”, uma das mais poderosas e violentas do Rio e com forte atuação na região populosa de Campo Grande e Santa Cruz, berço político de Lucinha. Zinho está foragido acusado de vários crimes violentos.
Por causa desse laço, de acordo com a força-tarefa, Lucinha é chamada de “madrinha” pelos paramilitares de Zinho, já que conseguia facilitações e auxílios ao grupo. A assessora da deputada também é apontada como integrante do grupo.
A ação é um desdobramento da operação Dinastia, deflagrada pela PF do Rio em agosto de 2022, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por milicianos.
Em outubro, a deputada estadual afirmou ter sido abordada por homens armados que estavam em fuga e a sequestraram na porta do sítio que possui, em Campo Grande. Segundo a parlamentar, ela foi obrigada a dirigir sob a mira de fuzis até a comunidade de Vila Kennedy, também na zona oeste.
A CNN aguarda posicionamento da defesa da deputada.