Michel Pereira desafia Jorge Masvidal, justifica ausência de alguns golpes acrobáticos e revela mudança para Las Vegas: “Ficar mais perto do UFC e poder usufruir do Instituto de Performance”.
Por Combate.com — Rio de Janeiro
Zalim Imadaev talvez não tivesse feito o que fez na pesagem se soubesse o que viria no dia seguinte. Depois de provocar Michel Pereira, o “Paraense Voador”, com um tapa no rosto do brasileiro, acabou levando alguns dentro do cage no UFC do último sábado. Após finalizar o adversário no terceiro round, na coletiva Michel explicou que devolveu de propósito os tapas durante a luta.
– Não sei por que ele me deu um tapa no rosto, mas falei que iria descontar, e descontei na luta. Não se faz isso com ninguém, não se bate na cara de homem, e provei isso (…). Mostrei para ele a mão, dei um beijo e dei um tapa na cara dele, para ele aprender a não fazer isso e respeitar os atletas como seus rivais.
Depois de nocautear Danny Roberts no primeiro round em sua estreia no UFC, o lutador de 26 de anos acabou somando duas derrotas, a última delas para Diego Sanchez, quando o adversário acusou um golpe baixo e não quis mais voltar para a luta. De volta às vitórias em sua última luta no contrato, o brasileiro garante não ter lutado pressionado.
– Derrota e vitórias são consequências, estou aqui como funcionário do UFC, estou aqui para trabalhar, e não estava com pressão nenhuma de derrota, porque nas duas derrotas que tive aconteceram coisas ruins que não foram culpa minha. E provei tudo que tinha para provar na luta com Diego Sanchez, e provei agora de novo que quero lutar com os melhores.
Depois de dominar Imadaev nos dois primeiros rounds, o Paraense Voador finalizou o russo no terceiro round, com um mata-leão que fez o árbitro encerrar o combate. Alguns disseram não ter visto os três tapinhas, mas não tinha outro resultado que não fosse a vitória do brasileiro.
– A posição estava bem encaixada, não o senti bater, mas estava muito apertado o braço por dentro do pescoço. Ou ele bateria, ou apagaria, porque estava bem encaixado.
Na coletiva, o lutador explicou a ausência de alguns golpes acrobáticos que costuma dar. O cage menor no UFC Apex foi o principal motivo.
– Não economizei, mas não dei os “backflips” porque não tive a oportunidade, e pelo cage ser menor fica muito mais complicado fazer meus movimentos acrobáticos.
Ainda no cage, Michel Pereira desafiou Jorge Masvidal, americano de origem cubana e dono do recém-criado cinturão BMF, ou “o melhor filha da p***”. O rival pode fazer nova luta com Nate Diaz em janeiro de 2021.
– Quero lutar com os melhores, treino muito duro para isso, e Jorge Masvidal é o cara que quero lutar. É um cara que creio que a gente faria uma grande luta, um grande combate e daria um grande show para o público do UFC (…).
Para estar mais perto do show, o brasileiro até se mudou para os EUA. Agora, ele é morador de Las Vegas, e espera ser mais ativo no Ultimate.
– Hoje moro em Las Vegas. Vou treinar aqui com o Rafael Alejarra, grande treinador, e estou vindo para Las Vegas ficar mais perto do UFC, ficar pronto para quando Dana (White) e (Sean) Shelby me chamarem para lutar, e poder usufruir do Instituto de Performance do UFC (…). Las Vegas é o mundo da luta hoje, e preciso estar aqui para treinar e estar pronto, próximo do UFC, e poder lutar mais vezes. Gostei muito de Las Vegas, estou amando morar aqui.