Por Eudes Meira.
Não está barato contratar um seguro auto no Brasil. Em fevereiro deste ano, o índice geral de segmento bateu 6,7%, terceiro mês consecutivo de aumento, representando 1,5% a mais do que se teve em janeiro. Na comparação com os 12 meses anteriores, o índice ficou 17,5% mais caro. Os dados são do Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), da insurtech TEx.
Alguns fatores explicam o cenário. Entre eles, os reflexos da pandemia de Covid-19 que ainda não foram estabilizados, a crise dos semicondutores e até mesmo o aumento do valor Fipe de carros usados nos últimos anos – frise-se que a comercialização de automóveis seminovos e usados cresceu 22,2% nos dois primeiros meses de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado.
A boa notícia é que o mercado oferta alternativas mais acessíveis de proteção veicular, elaboradas a partir de tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina (machine learning). Tal tendência será impulsionada com a expansão do 5G no Brasil. Com a última autorização do Ministério das Comunicações (MCom), do fim de maio, 1.423 municípios do país já estão aptos a implementar a rede de quinta geração, atingindo o total de 138 milhões de brasileiros, o que corresponde a 64,7% da população do Brasil.
Quanto à indústria automotiva, os benefícios do 5G, com conectividade inteligente e agilidade, devem ir desde a linha de montagem, com produção com ganhos de eficiência e economia, até o consumidor final, aprimorando a segurança dos veículos e estimulando melhorias relacionadas à experiência dos clientes.
O seguro para veículos protege seu automóvel e, atualmente, conta com tecnologias capazes de auxiliar nesse trabalho.
Muitas vezes, o carro é o bem mais valioso da família, adquirido com muito esforço. Nesse contexto, é complicado deixá-lo desprotegido – ainda mais se for os gigantes elétricos atuais. Só que para muitos motoristas, arcar com os custos de um seguro pode ser pesado. Desta forma, investir em outras alternativas, tão eficazes quanto, é a saída, sendo a tecnologia uma grande aliada desse movimento.
Um exemplo interessante é o monitoramento veicular, que antes parecia uma solução distante e agora é consideravelmente acessível. Ressalte-se que em 2022, quase mil carros foram furtados ou roubados por dia, crescimento de 12% na comparação com 2021, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Isso dá cerca de 41 veículos por hora!
Para além do rastreamento, que somente indica os locais pelos quais o carro passou, o monitoramento entrega mais – e importantes – dados ao motorista, como localização em tempo real, trajetos, informações sobre a saúde do veículo, entre outras. Não é luxo, é necessidade. O mercado de proteção veicular só tem a ganhar com a popularização das novas tecnologias.
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*Eudes Meira é COO da Loovi