Em meio a acusações de irregularidades e possível crime ambiental, o prefeito de Manaus, David Almeida, está sob escrutínio após contratar serviços de dragagem sem licitação.
As alegações do vereador Carpê Andrade sugerem que a falta de processo licitatório resultou em potenciais danos ambientais significativos, levantando preocupações sobre o manejo irresponsável dos recursos públicos e a preservação dos ecossistemas locais.
De acordo com o vereador, o contrato milionário para desassoreamento de igarapés nos bairros do São Raimundo, Educandos e Tarumã foi concedido a uma empresa sem a realização de licitação pública, totalizando um valor expressivo de 119 milhões.
A ausência de um processo licitatório adequado levanta sérias questões sobre a transparência e a legalidade das ações da prefeitura de Manaus. Além disso, há uma preocupação crescente com o possível impacto ambiental negativo causado pela dragagem realizada sem os devidos cuidados e avaliações ambientais.
A contratação da empresa para realizar a dragagem dos igarapés em um momento em que não havia seca, e os igarapés já estavam enchendo, levanta dúvidas sobre a urgência e a necessidade da medida tomada pela prefeitura. Essa decisão parece ter sido tomada de forma precipitada, sem considerar as condições ambientais e sem justificativa plausível para a dispensa do processo licitatório.
Ademais, as recentes fiscalizações realizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em conjunto com o IPAN revelaram indícios de irregularidades durante as obras de dragagem, incluindo o uso inadequado de equipamentos e a retirada de areia de locais não autorizados. Esses relatórios levantam preocupações adicionais sobre a conduta da empresa contratada e a supervisão deficiente por parte das autoridades municipais.