Presidente do TSE visitou local em que estão sendo feitos os testes de ataques às urnas eletrônicas, nesta quinta-feira (12)
O presidente do TSE ( Tribunal Superior Eleitoral ), ministro Edson Fachin, afirmou, nesta quinta-feira (12), que “ninguém e nada” vai interferir nas eleições presidenciais deste ano. O magistrado destacou, também, que o pleito eleitoral diz respeito à “população civil” e “forças desarmadas”.
“O Brasil terá eleições limpas e seguras, com paz e segurança, no dia 2 de outubro. Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Nós não admitiremos, do ponto de vista da Justiça Eleitoral, qualquer circunstância que óbice a manifestação da vontade soberana do povo brasileiro de escolher seus representantes”, disse Fachin.
As eleições presidenciais deste ano têm como principais candidatos Jair Bolsonaro (PL), o atual chefe do Executivo, que buscará a reeleição, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O primeiro turno está marcado para 2 de outubro. Um eventual segundo turno ocorrerá no dia 30 do mesmo mês. O eleito será diplomado até 19 de dezembro. Segundo Fachin, “quem vai ganhar as eleições 2022 no Brasil é a democracia”.
As declarações foram feitas pelo presidente do TSE durante visita ao local em que estão sendo feitos os testes de ataques às urnas eletrônicas. Recentemente, as Forças Armadas enviaram uma série de sugestões para contribuir com o sistema eleitoral, que é constantemente atacado pelo presidente Bolsonaro.
“A contribuição que se pode fazer é de acompanhamento do processo eleitoral. Quem trata de eleições são forças desarmadas. Portanto, as eleições dizem respeito à população civil, que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes”, relatou.
“Diálogo, sim. Colaboração, sim. Na Justiça Eleitoral, quem dá a palavra final é a Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar, a quem quer que seja”, completou.
Questionado sobre a declaração de que quem põe em xeque o sistema eleitoral não confia na democracia ser uma indireta a Bolsonaro, Fachin disse que “não manda e não recebe recado de ninguém”.
“Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a Constituição e a democracia. Isso é um fato, e fatos falam por si só. Quem defende ou incita intervenção militar está praticando ato que afronta a Constituição e democracia”, disse.
Testes
Como o R7 mostrou, os investigadores vão repetir os planos de ataque do último Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação, feito em novembro de 2021. Na ocasião, 26 investigadores realizaram 29 planos contra as urnas eletrônicas. Somente cinco deles tiveram algum tipo de “achado”. As tentativas mais comuns foram de alteração do software da urna, mudança do resultado da eleição ou violação do sigilo do voto.
O TSE realiza agora a nova fase, chamada de Teste de Confirmação, para avaliar as soluções apresentadas pelos técnicos para sanar as vulnerabilidades identificadas. Segundo a Corte, “nenhum dos achados conseguiu atingir potencial para uma modificação de voto”.
( Com Informações: R7 )