A propriedade agrícola de Mato Grosso está sofrendo uma infestação de ratos que atacam as culturas de milho, gerando diversos prejuízos e ampliando os desafios monetários. Na região de Nova Mutum (240km de Cuiabá), um das fazendas experimentou um declínio de, por volta, 30% em sua produção de milho, devido a invasão desses roedores. Essas criaturas afetaram 350 de um total de 4 mil hectares reservados para a segunda safra de milho na área específica.
O agricultor Renan Leal Favretto expressa ao Canal Rural que o incidente é sem precedentes e desafiante. Ele aponta a dificuldade em achar e controlar a praga por causa de seu comportamento noturno e sua tendência de cavar o solo para chegar às sementes. Tal comportamento não só resulta na perda direta das sementes, mas também prejudica as plantas jovens que acabam morrendo ao serem desenraizadas.
A dificuldade não se restringe ao milho; situações parecidas se desenrolam nos campos de soja dessa região, com danos extensos. De acordo com o consultor Cledson Guimarães Dias Pereira, a falta de precipitação pode ter contribuído para a reprodução dos ratos, que encontraram nos campos um ambiente favorável para seu rápido crescimento.
O engenheiro agrônomo Naildo Lopes destaca que os efeitos vão além das imediatas perdas de produção. Em um cenário de preços em baixa e custos de produção elevados, reduções de até 50% nas fileiras de plantas comprometem severamente a lucratividade dos fazendeiros.
Lopes ainda menciona que, apesar da inexistência de soluções prontas, serão necessárias estratégias de médio a longo prazo, focadas em tecnologia e gerenciamento, para minimizar os efeitos e controlar a abundância dos roedores.
Um dos principais fatores que atraem e favorecem a proliferação desses ratos são os resíduos de colheitas no campo. Experts, como Adeney de Freitas Bueno da Embrapa Soja, sugerem práticas rígidas de higiene após a colheita para diminuir as condições favoráveis para os ratos e, consequentemente, reduzir sua população nas áreas agrícolas.
Este método de gerenciamento é considerado crucial tanto para o milho quanto para a soja, buscando prevenir não só o contágio de ratos, mas também outros tipos de pragas e doenças.
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