Em audiência de custódia, juíza também converteu a prisão em flagrante de Aurelio Alves Bezerra em preventiva
Durante audiência de custódia, nesta sexta-feira (4), a Justiça converteu a prisão em flagrante do sargento da Marinha Aurelio Alves Bezerra, que matou matou o vizinho Durval Teófilo Filho, em preventiva. A juíza Ariadne Villela Lopes também acolheu o pedido do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) para que a tipificação do crime seja alterada para homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Inicialmente, o militar havia sido indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar) pela DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí).https://3c2b062d591facf9be49d67ceab70bac.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Segundo a defesa, o processo ainda vai ser encaminhado para o promotor natural vinculado ao local do fato, que é do município de São Gonçalo, para ser analisado.
“Respeitamos, mas entendemos desarrazoada a prisão preventiva do militar Aurélio, tendo em vista que prontamente prestou atendimento a vítima, levando-a para o hospital. Posteriormente, ele compareceu voluntariamente à presença da autoridade policial para se apresentar”, disse o advogado Saulo Salles, por meio de nota.
O caso
Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi assassinado a tiros pelo sargento Aurelio Alves Bezerra na quarta-feira (2), quando chegava em casa, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Ele teria sido confundido com um bandido pelo atirador.
O militar da Marinha estava dentro de um carro e atirou contra Durval, que caminhava na calçada com a mão dentro de sua mochila para pegar a chave de casa. Em seguida, o sargento saiu de dentro do veículo e efetuou mais disparos contra a vítima, que já estava caída e pedindo socorro.
Durval foi enterrado, nesta sexta-feira, no cemitério São Miguel, na mesma região. Ele deixa uma filha de 6 anos de idade e a esposa. Os familiares disseram que o crime é um caso de racismo.
( Com Informações: R7 )