Habituados a atender ocorrências envolvendo situações de violência, os policiais militares da 10ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) receberam um chamado diferente na noite de segunda-feira (19/04). Por volta das 23h, os agentes estavam em patrulhamento de rotina quando um popular parou a viatura. A poucos metros dali, em uma residência na rua Pirapora, bairro Alvorada, zona centro-oeste, uma mulher em trabalho de parto precisava de ajuda.
A equipe encontrou a dona de casa Alcilene Almeida, de 23 anos, reclamando de fortes dores. O pequeno Benjamin estava a caminho, com muita pressa. Foi na viatura da Polícia Militar que a criança chegou à maternidade do Alvorada. O recém-nascido só chorou ao entrar na viatura, no colo da mãe.
Naquela segunda-feira, a equipe do 2º tenente Raimundo Bindá estava de serviço. Eles foram responsáveis pelo parto do bebê. O oficial disse que não foi a primeira vez que auxilia nesse tipo de ocorrência.
“A gente estava em patrulhamento e populares avistaram a viatura e nos acionaram. Ninguém sabia do que se tratava, pensávamos que era uma ocorrência de outra natureza. Chegamos ao local e uma cidadã estava em trabalho de parto. Tentamos ao máximo ajudar, e conseguimos, graças a Deus”, disse Bindá.
Na última sexta-feira (23/04), o tenente visitou o bebê em casa e relembrou o momento de tensão e alegria. “Naquele dia, depois do parto, a criança foi colocada sobre os panos ao ventre da mãe e o esposo nos ajudou, conduziu para dentro da viatura e quando nós chegamos a maternidade e foi os últimos cuidados médicos que ela recebeu”, relatou.
Para o tenente, o socorro àquela mãe e ao bebê serviu para reforçar, mais uma vez, o sentimento sobre o que é ser policial militar. “Não é só colocar um colete, um armamento e dizer que vai combater o crime, estamos preparados para esse tipo de evento. A sensação é a melhor possível, de você ver um nascimento do jeito que aconteceu, é uma coisa muito gratificante. É uma situação inexplicável dentro do nosso âmbito militar”, afirmou.
Para a mãe do pequeno Benjamin, a gratidão pelo auxílio dos policiais é o sentimento que fica. “Eles chegaram rápido aqui, atenderam a gente, me ajudaram, me carregaram e me levaram para a maternidade do Alvorada. Olha, foi uma ajuda, porque eu já estava morrendo de dor”, disse.