O deputado Sinésio Campos (PT) apresentou requerimento indicando ao governo do Amazonas que adote medidas de contenção da alta do preço do gás de cozinha (Gás Liquefeito de Petróleo) no Amazonas.
A proposta foi apresentada, nessa terça-feira (9), durante a Sessão Híbrida da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam). “Nesse momento de crise e desemprego é inadmissível aumentos dessa ordem, que agravam ainda mais as dificuldades que a população está enfrentando”, comentou o petista.
O deputado também teceu crítica ao governo federal, pelos constantes aumentos no preço da gasolina que, depois de duas altas no mês passado, deve continuar a subir em fevereiro.
De acordo com cálculos da Ativa Investimentos, a Petrobras pode realizar um ajuste de mais 12% no valor do combustível nos próximos dias.
“O presidente se recusa em prorrogar o Auxílio Emergencial às famílias em situação de vulnerabilidade, mas não toma nenhuma atitude para controlar aumentos de preços que agravam ainda mais a situação econômica no país. Esta semana estão sendo anunciadas milhares de demissões de trabalhadores, no comércio e na indústria. Por isso, vou continuar cobrando o auxílio e a suspensão dos aumentos abusivos”, ressaltou Sinésio Campos.
O parlamentar lembrou que o litro de gasolina tinha o preço máximo, no início de fevereiro, de R$ 4,59. Passou para R$ 4,79 e alguns postos já cobram R$ 5.09. E, em alguns municípios pode chegar a R$ 5.27. Já o gás de cozinha encerrou 2020, com alta de 9,24%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados representam mais que o dobro da inflação de 4,52% registrada no ano passado. “A Petrobrás e demais agentes econômicos ligados à produção, importação, distribuição e comercialização de produtos derivados do petróleo, precisam ser acionados para tomar providências contra o aumento abusivo no preço do gás de cozinha (GLP) e da gasolina”, frisou Sinésio Campos.
O parlamentar aponta que a alíquota de 18% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a política de preços da Petrobras, influencia diretamente no preço do gás de cozinha no Amazonas. “O preço da Petrobras está variando de acordo com o mercado internacional, e a alta tributação que o Amazonas desenvolve”, pontuou Sinésio Campos.
O petista disse ainda que o povo está indignado e exige providências contra aumentos constantes e abusivos no preço dos combustíveis.
Em Manaus, por exemplo, no início da pandemia de covid-19, a botija de 13 kg custava R$ 69,00. Atualmente o preço varia entre R$ 88,00 a R$ 100,00, enquanto em diversos municípios, já atinge a faixa de R$ 110,00. “Como explicar esse preço ao povo diante do fato de que a Província Petrolífera de Urucu, localizada próxima ao município de Coari é a maior reserva terrestre de petróleo e gás natural do Brasil, onde se produz diariamente, em média mil barris de óleo de ótima qualidade, incluindo 1.200 toneladas de GLP”, questionou Sinésio Campos.
Sinésio disse que muita gente está comprando o gás no cartão de crédito parcelado, por causa do alto preço. “Neste momento de crise, a proposta visa conter o aumento expressivo do gás de cozinha e garantir às pessoas que mais vêm sofrendo um mínimo de dignidade, para superar este momento tão difícil para todos. Portanto, faz-se necessário, buscar providências adequadas visando conter a escalada do aumento do preço do gás de cozinha”, finalizou Sinésio Campos.