Em reunião com a direção da empresa Eletronorte, na manhã desta segunda-feira (11), na sede da usina, localizada na vila de Balbina, distrito do município, a prefeitura de Presidente Figueiredo cobrou maior comprometimento sobre um plano de contingência, direcionado às mais de 1.300 pessoas que vivem nas comunidades do ramal da Morena e demais comunidades localizadas ao longo das margens do rio Uatumã. A Eletronorte é responsável pela usina hidrelétrica de Balbina, responsável pela geração de parte da energia elétrica consumida por Manaus e pelo Amazonas.
A reunião contou com a presença da prefeita Patrícia Lopes, do corpo jurídico da prefeitura, do engenheiro Milton Menezes, responsável pela usina, e demais técnicos da empresa, a prefeita confirmou a ação cautelar impetrada pelo município, mas explicou que ela não visa impedir o fechamento das comportas, que foram abertas no dia 7 deste mês, mas somente a suspensão da abertura total das 4 comportas, enquanto a empresa não apresente um plano de contingência, com o objetivo de minimizar o impacto que possivelmente a ação causará ao meio ambiente na vida dos moradores da região, localizada ao longo do rio Uatumã e adjacências.
“Viemos aqui primeiro para alinhar as informações junto à empresa, para evitarmos o pânico e as Fake News que estão sendo veiculadas, que tão somente têm o objetivo de confundir as pessoas. Além disso, queremos sim saber dos representantes da empresa, o que será feito para minimizarmos os impactos que sabemos que essas pessoas irão sofrer com a continuidade da abertura dessas comportas”, explicou a prefeita.
Com certa surpresa, Patrícia Lopes constatou que não havia sido feito pela empresa, nenhum plano de ação para auxiliar os moradores da região, que já está inclusive, sendo alagada.
“Precisamos que a empresa que tem o corpo técnico com bastante conhecimento sobre a região, e que está acompanhando diariamente o avanço do nível da água, se comprometa com os comunitários, e nos apresente este plano de contingência, algo que inclusive já deveria ter sido elaborado para colocarmos em prática junto com a Defesa Civil Estadual e Municipal”.
Patrícia Lopes explicou toda a estrutura que já está disponível para os moradores da região afetada.
“Estamos com uma estrutura montada na entrada do ramal da Morena com uma equipe trabalhando 24 horas, para que possamos prestar qualquer assistência necessária. Também ampliamos nossos serviços nas áreas de saúde, assistência social e no escoamento da produção local”, explicou a prefeita, que reafirmou ainda, a exigência do Executivo Municipal, para que a empresa assuma também as suas responsabilidades principalmente na área social junto aos comunitários.
Após essa reunião, foi iniciada de forma virtual, uma audiência com a participação da representante do Ministério Público Estadual, promotora Karla Christina, do Procurador Geral do Município, João Bosco Junior, e o representante da Eletronorte, engenheiro Milton Menezes, ficou definido formalmente que a empresa se comprometeu apresentar o PLACON e também colaborar com a assistência aos moradores, bem como se responsabilizar com possíveis danos materiais e ambientais que causar.