Pesquisa realizada pela OpenAI revela que profissões ligadas ou relacionadas à escrita e a programação possuem mais chances de serem automatizadas
O ChatGPT é uma ferramenta de chatbot com inteligência artificial desenvolvida pela empresa OpenAI. O robô se tornou febre na internet por redigir textos sobre áreas específicas do conhecimento humano. Contudo, apesar de inofensiva, o chatbot pode impactar futuramente em algumas profissões, pelo menos é o que aponta um estudo da própria OpenAI em parceria com a Universidade da Pennsylvania e a OpenResearch — Você pode ler o estudo na íntegra neste link.
O documento — assinado pelos pesquisadores Tyna Eloundou, Sam Manning, Pamela Mishkin e Daniel Rock — lista as ocupações que serão afetadas pela inteligência artificial. Dentre elas, estão as profissões relacionadas à programação e escrita, que contam com tarefas mais passíveis de serem realizadas pela IA.
Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram as características de chatbots inteligentes e depois listaram as tarefas de várias profissões. Com isso, eles relacionaram quais delas poderiam ser feitas com a IA de forma mais rápida e eficaz.
De acordo com a pesquisa, esse conceito possui ligação com tarefas em que o ChatGPT pode diminuir o tempo gasto com humanos. Confira abaixo o ranking das profissões listadas no estudo que possuem mais chances de serem automatizadas:
- Matemáticos: 100%
- Analistas quantitativos financeiros: 100%
- Jornalistas: 100%
- Designers de interface web e digital: 100%
- Engenheiros Blockchain: 97.1%
- Legendadores simultâneos: 96.4%
- Escriturários: 95.2%
- Revisores: 90,9%
- Intérpretes e tradutores: 76.5%
- Pesquisadores de mercado: 84.4%
- Autores e escritores: 82.5%
- Especialista em relações públicas: 80.6%
O ChatGPT na prática
Marcos Barreto, professor da Fundação Vanzolini e da Poli-USP, alerta que todas as profissões que dependem da produção de algum tipo de texto podem ser impactadas e beneficiadas. “Mas até profissões que escrevem menos textos, como um médico, podem ser facilitadas. Um médico, por exemplo, pode ter uma receita melhor escrita, explicando a posologia”, comenta.
Barreto, no entanto, ressalta que todo avanço tecnológico acaba, de alguma forma, diminuindo a necessidade de pessoas para realizar determinadas tarefas. “‘Ah, o robô substitui o operário’. Não é bem assim, o operário continua sendo necessário, ele só vai realizar outras tarefas”, cita. “Com o Chat GPT será parecido, a gente vai precisar de pessoas que revisem e validem os textos que são produzidos.”