O 56º Festival Folclórico de Parintins acontece de 30 de junho a 2 de julho neste ano, com expectativa de um público expressivo.
À CNN Rádio, o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas Marcos Apolo contou que houve um acréscimo de 20% no fluxo de aeronaves em relação ao ano passado.
“Devemos receber mais de 120 mil pessoas na ilha, mais do que dobrando o número de pessoas que moram aqui, que gira em torno de 110 mil.”
Ele comemorou: “Isso aquecerá a economia e está gerando oportunidade de renda para muita gente.”
A festa começou em 1913 e é uma variação do bumba-meu-boi do Maranhão, que ganhou particularidades próprias no Amazonas.
O folclore do boi-bumbá coloca frente a frente dois grupos: o Boi Caprichoso, que usa a cor azul, e o Boi Garantido, que usa a cor vermelha.
A arena de espetáculos, batizada de “Bumbódromo”, é o palco para a rivalidade entre o Caprichoso e o Garantido, com apresentações completas.
“Tudo é contado com suporte cenográfico de grandes alegorias e são 21 itens julgados pelos jurados, dentre eles o público que participa do espetáculo”, contou o secretário.
Na avaliação de Marcos Apolo, “hoje temos algo que chega a ser maior do que o Carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, pela complexidade das alegorias e tamanho, além dos movimentos.”
“Parintins exporta tecnologia artística para todo o Brasil”, completou.
O folclore trata do boi que morre a partir da retirada da língua dele como prova de amor, o pajé o ressuscita e daí “vem a grande festa.”
“É uma festa que é muito importante economicamente, por tudo o que proporciona ao turismo do estado, mas valoriza também a identidade de um povo”, classificou.
O secretário lembrou que há provocação entre as torcidas, mas que não há atrito no bumbódromo: “É um desafio verbalizado, é divertido e mexe com a emoção da população”.