Vereador Sandro Maia criticou a falta de saneamento básico em Manaus
Críticas ao poder público, pela falta de políticas destinadas a mudar a situação, e à população, pelo desrespeito aos igarapés de Manaus, que seguem com um enorme volume de poluição, sem fiscalização e efetivas providências. Foi assim o Dia Mundial da Água, tema principal dos discursos dos vereadores da Câmara Municipal (CMM), nessa segunda-feira (22/3), numa cidade que já foi chamada “A Veneza brasileira”, em alusão à cidade italiana de Veneza, conhecida por boa parte de sua área tomada pela água e ligada por pontes.
A temática ambiental foi abordada com vários focos, ao longo do pequeno expediente. O vereador Dr. Eduardo Assis (Avante) apelou para que a população evite jogar lixo nos cursos d’água, para evitar alagamentos que prejudicam aqueles que moram próximo a esses locais. “Boa parte dos igarapés estão poluídos por conta do lixo que é jogado neles, pelos próprios moradores e por esse motivo é preciso dar uma atenção para evitar que isso aconteça”, afirmou o parlamentar que ainda sugeriu a criação do “Prosamim Municipal”, para retirar as famílias das beiradas destes afluentes.
O vereador Kennedy Marques (PMN também pediu uma reflexão sobre o Dia Mundial da Água e como falta cuidados com os rios amazônicos. “Estamos localizados na maior bacia hidrográfica do mundo e nem por isso valorizamos e cuidamos de nossa água. Hoje temos água com abundância, mas e amanhã?” questionou o parlamentar.
O presidente da Comissão de Água e Saneamento da CMM,vereador Sandro Maia (DEM), aproveitou para criticar a falta de saneamento básico em Manaus, um item básico, para evitar a poluição dos igarapés. “Hoje nós lutamos para que nosso verdadeiro patrimônio não seja abandonado e esquecido, e quem sabe até destruído pela falta de saneamento básico. Manaus já era pra estar com 90 % de rede de esgoto tratada, infelizmente não temos nem 12% desse serviço”, disse.
O vereador Bessa (Solidariedade), compartilhou da mesma opinião, ao afirmar que a população manauara não recebe água tratada em seus lares. “Não temos nada a comemora, nosso povo não recebe uma água de qualidade, e o vereador Sandro Maia faz um questionamento do tamanho do plenário, porque a empresa Águas de Manaus teve seu contrato renovado, se não cumpriu suas metas?”, questionou.
Para o vereador professor Samuel (PL), é necessário encontrar soluções para coibir que lixos sejam jogados nos igarapés. Ele recorda dos balneários que existiam em Manaus, extintos pela poluição. “Eu tomei banho no igarapé da Pedreira na avenida Constantino Nery, no Parque Dez, no Tarumã e hoje isso não é mais possível por conta da população. E falo ainda mais, a prefeitura gasta R$ 12 milhões por ano com a retirada de lixo dos igarapés, o que daria para construir seis creches, ou seja, temos que encontrar caminhos para recuperar nossos leitos”, disse.
O vereador Mitoso também recordou dos balneários com saudosismo e lamentou Manaus não ter mais locais como esses. “O Tarumã, por exemplo, recebe todo tipo de lixo que é dispensado nos igarapés transversais dos nossos bairros. É lamentável que esse local brevemente deixará de ser um ambiente de lazer dos manauaras”.