Durante uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso, o ministro Gilmar Mendes fez uma revelação perturbadora: segundo ele, há uma narcomilícia evangélica em atividade no Rio de Janeiro.
Mendes descreveu o ocorrido como “algo raro de se ouvir”, sugerindo um acordo entre narcotraficantes e milicianos ligados ou associados a uma rede evangélica. Esse comentário, além de alarmante, levanta questões sobre o preconceito do ministro em relação à religião evangélica.
Não é a primeira vez que traficantes são acusados de intolerância religiosa no Rio. Em 2019, por exemplo, um terreiro de candomblé em Duque de Caxias foi alvo de um ataque, onde traficantes forçaram a sacerdotisa a destruir símbolos sagrados.
As declarações de Mendes revelam um viés preocupante que não deve ser ignorado. Destacar uma única religião, neste caso, os evangélicos, como culpada por crimes associados ao tráfico e à violência, é injusto e perigoso. Além disso, pode alimentar estereótipos prejudiciais e aprofundar divisões religiosas na sociedade brasileira.
Diante disso, é fundamental que as autoridades ajam com responsabilidade e imparcialidade ao abordar questões sensíveis como essa, protegendo tanto a liberdade religiosa quanto a segurança pública, sem perpetuar preconceitos infundados.