Atualmente, é praticamente impossível imaginar um mundo sem redes sociais. Novas plataformas são lançadas todos os anos e, ainda que nem todas vinguem por muito tempo, os sites marcam a história da internet de alguma forma.
Nos últimos 20 anos, vimos grandes plataformas como Facebook e LinkedIn crescerem exponencialmente, enquanto veteranos como o Orkut caíram no esquecimento. Com a chegada do Threads, o TecMundo decidiu relembrar a trajetória das principais redes sociais desde quando era tudo mato até os dias atuais.
mIRC (1995), ICQ (1996) e MSN (1999)
Para os leitores e leitoras com menos de 30 anos, pode ser que as siglas mIRC, ICQ e MSN não representem nada. Para os mais velhinhos, porém, estes provavelmente foram os primeiros (de muitos) contatos com redes sociais.
Tanto o mIRC quanto o ICQ são pioneiros no ramo de mensagens instantâneas. Criados em 1995 e 1996, respectivamente, os programas funcionavam com salas de bate-papo e revolucionaram a comunicação rápida entre pessoas na internet. Ambos passaram da marca de 1 milhão de usuários e, por incrível que pareça, estão em atividade até hoje.
Já o MSN Messenger é um velho conhecido de muita gente. Lançado pela Microsoft em 1999, o programa reinou na internet no início dos anos 2000 e chegou a ter mais de 60 milhões de usuários no seu auge. Até hoje, a plataforma é lembrada com saudosismo pelos usuários – quem não sente falta das opções de chamar atenção, exibir músicas no perfil e do alerta de entrada e saída de alguém, né?
Grazua Daily/Reprodução
Fotolog (2002) e Flogão (2004)
Como dizem na internet: o Fotolog andou para que o Instagram pudesse correr. Lançado em 2002, a plataforma focada no compartilhamento de fotos foi uma febre no Brasil, com mais de 20 milhões de visitantes únicos por mês.
Assim como acontece atualmente, o Fotolog também deixou muita gente famosa, como foi o caso da influenciadora Mari Moon. Algumas curiosidades no mínimo interessantes da rede social é que, no início, apenas 500 pessoas por dia podiam se registrar no site e os membros das contas gratuitas não podiam fazer upload de fotos em horários “de pico”. Isso porque publicar imagens pela Internet discada demorava muito e tinha risco de travar o site.
Em 2004, o Fotolog ganhou um rival: o Flogão, site brasileiro criado em 2004. Em seu auge, chegou a ter 25 milhões de acessos mensais e cerca de 7 milhões de perfis cadastrados. A premissa da rede era a mesma do Fotolog. Em seus últimos suspiros na ativa, o Flogão foi tomado, principalmente, por grupos de caminhoneiros, jogadores do game Tibia e busólogos (apreciadores de ônibus).
Elefantecw/Reprodução
MySpace (2002), Orkut (2004) e Facebook (2004)
Lançada em 2003, o MySpace pode ser considerado o primeiro site com carinha de rede social como conhecemos hoje. Isso porque a plataforma já trazia algumas funções básicas, como troca rápida de mensagens entre usuários, fóruns de discussão e grupos.
Apesar de ter liderado o mercado por muitos anos, caiu em desuso com a popularização do Facebook. Em 2012, o MySpace foi reformulado e ganhou novas funcionalidades voltadas, principalmente, para promover interações musicais.
No mesmo período, o queridinho Orkut ganhava o coração dos brasileiros. Criado em janeiro de 2004, o Orkut teve mais de 30 milhões de usuários ativos. Assim como o MySpace, a rede social foi caindo no esquecimento com o crescimento do Facebook.
Entre as principais funções do Orkut estavam o mural de scraps, as clássicas comunidades, os depoimentos (ou depôs, para os íntimos), histórico de visitas no perfil e, claro, a classificação em confiável, legal e sexy de cada usuário.
Também lançado em 2004, o Facebook foi pensado inicialmente para promover a interação entre universitários dos Estados Unidos e Canadá. A popularização do site, no entanto, acabou levando os criadores a mudarem as regras para permitir o cadastro de qualquer pessoa com mais de 13 anos.
Em 2011, com mais de 30 milhões de visitantes únicos, o Facebook já havia se tornado a rede social com maior audiência no Brasil.
Tumblr (2007) e Twitter (2006)
Lançado em 2006, o Twitter ganhou espaço por promover o compartilhamento de ideias rápidas, com espaço apenas para 140 caracteres por texto (o limite imitava o máximo de letras para o envio de SMS). No Brasil, o microblog ganhou popularidade em meados de 2008, mas bombou mesmo em 2009, quando ganhou uma versão em português.
Em 2022, a rede social tinha 229 milhões de usuários ativos em todo o mundo e foi vendida para o bilionário Elon Musk, que vem apostando em mudança polêmicas na plataforma.
Já o Tumblr, lançado em 2007, também é um microblog para o compartilhamento de conteúdo, mas com mais opções de formato, como GIFs, links, vídeos, textos, áudios e citações. Diferente do Twitter, cada usuário pode personalizar a sua página e adicionar templates em HTML.
Ainda que existissem perfis com os mais variados assuntos, o tempo de “ouro” do Tumblr ficou conhecido pelos textos tristes e estética emo.
Veja: Threads x Twitter: o que falta na rede social de Zuckberg, mas já tem na de Elon Musk?
Reprodução/Microsoft Store
Instagram (2010) e TikTok (2016)
Já no fim da década, em 2010, surge o Instagram, algo parecido com um “neto” do Fotolog. Com o objetivo de promover o compartilhamento de fotos, a plataforma tinha entre as principais funcionalidades os filtros (algo inédito na época), boomerangs e os stories com duração de até 24 horas.
Atualmente, o Instagram é uma das redes mais usadas no Brasil, segundo a Comscore, empresa de análise de mídia. Com a popularização, também é uma das plataformas mais buscadas pelas marcas para investir em publicidade.
Alguns anos depois, o TikTok entrou em cena. Com as pessoas cada vez mais sem tempo, é claro que a rede social dedicada à publicação de vídeos curtos não demorou para fazer sucesso. Disponibilizando várias ferramentas de edição e filtros para os usuários, a plataforma ficou mais conhecida em 2019, quando as dancinhas se popularizaram entre os jovens.
BeReal (2020)
Em meio a todos os filtros disponibilizados pelo Instagram e outras redes sociais, o BeReal surgiu como uma opção que se concentra na autenticidade dos usuários. Criada em 2020, foi só em 2022 que a plataforma fez sucesso de verdade, atingindo mais de 15 milhões de cadastros ativos em todo mundo.
Na rede, o usuário só pode postar uma vez por dia e o app que decide a hora de tirar a foto (e totalmente sem filtro). O objetivo é capturar momentos aleatórios do cotidiano.
Threads (2023)
Com a inúmeras polêmicas envolvendo o Twitter, a Meta – proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp – viu a chance perfeita para lançar o Threads, rede social que deve rivalizar com o passarinho.
Muito parecido com o Twitter, a nova rede social do Instagram permitirá posts com textos de até 500 caracteres, além de fotos e vídeos. A expectativa é que mais funcionalidades sejam anunciadas em breve.