Superesportivo de 839 cv e apenas 63 unidades produzidas vai rodar na Inglaterra
Ter um Lamborghini na garagem já é especial. Agora imagina ter o chassi número um do primeiro carro híbrido leve da história da marca italiana e o mais potente já feito para andar nas ruas? Esse é o privilégio do brasileiro Henrique Grossi. Após quase dois anos de espera, o empresário radicado em Londres (Inglaterra) finalmente recebeu o exclusivo superesportivo Sián, de 839 cv. Com direito a fotos noturnas em cartões postais da capital inglesa…
O Lamborghini Sián terá apenas 63 unidades produzidas – três delas estarão na Inglaterra. Cada uma custa 3 milhões de libras – cerca de R$ 22,5 milhões em conversão direta. Grossi, que é casado com a bilionária Camila de Godoy Bueno, herdeira do Grupo Amil, ainda é apontado como proprietário de outro Sián, este para andar nas ruas de Miami (Estados Unidos), onde também possui residência.
O brasileiro ainda coleciona outras supermáquinas na garagem, como um McLaren Senna, Ferrari Portofino e Lamborghini Aventador S, além do jato particular Gulfstream G550, avaliado em mais de US$ 40 milhões e com capacidade para levar até oito passageiros.
A relação do empresário com a marca italiana é tão estreita que Grossi teve o privilégio de ver o protótipo de forma privada antes da revelação oficial durante o Salão de Frankfurt (Alemanha) em 2019. Meses depois foi a o Salão no Genebra (Suíça) configurar o carro. Já em meados do ano passado, o brasileiro convidado a ver seu o bólido em primeira mão na sede da Lamborghini em Sant’Agata Bolognese (Itália).
Tudo foi registrado por Yianni Charalambous, amigo pessoal de Grossi, youtuber e famoso customizador de carros na Inglaterra. Confira o vídeo abaixo:
Cada detalhe do Sián foi escolhido por Henrique, como a cor cinza Nimbus da carroceria com detalhes em vermelho Mars e o teto de fibra de carbono exposta. Vale lembrar que também existe a variante conversível, ainda mais limitada: apenas 19 exemplares.
Além da exclusividade, o conjunto mecânico faz o Sián um carro especial. Tem o tradicional motor a combustão 6.5 V12 aspirado de 785 cv (o mesmo do Aventador SVJ) combinado a um elétrico de 48 volts (que rende 34 cv) e é acoplado à caixa de câmbio: ele atua a até 130 km/h, além de ajudar em manobras em baixas velocidades e marcha à ré. Combinada, a potência chega a 819 cv a 8.500 rpm.
Esse motor elétrico é alimentado por um supercapacitor no lugar de um tradicional pacote de baterias de íons de lítio. Além de não precisar de tomada para carregar, uma vez que a recarga é feita rapidamente usando a energia recuperadas das frenagens, o capacitor não precisa de resfriamento como as baterias e é muito mais leve.
A combinação dos dois motores leva o Sián a 100 km/h em 2,8 segundos. A velocidade máxima é a mesma do irmão Aventador SVJ e encosta nos 350 km/h.
O lado negativo do sistema é que ele não é capaz de armazenar energia por longos períodos, como uma bateria convencional. Por esse motivo os supercapacitores são usados somente em sistemas que exigem cargas e descargas elétricas intensas, como na Fórmula 1.