Durante a sessão plenária desta segunda-feira, 13/12, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Rodrigo Guedes (PSC) pediu, e também fez uma indicação, para o fim das sessões plenárias híbridas, que permitem a presença dos parlamentares de forma virtual. Além disso, o parlamentar propôs na última quinta-feira, 9/12, uma emenda ao Projeto de Resolução nº 022/2021, que prevê a realização de sessões ordinárias de segunda a sexta-feira na CMM, que hoje ocorrem apenas três vezes por semana, de segunda a quarta-feira.
Para o parlamentar, as sessões híbridas são uma afronta à população e, também, não tem como garantir que um vereador realmente esteja participando da sessão de forma virtual.
“Eu peço ao presidente da Câmara Municipal de Manaus que de uma vez por todas nós encerremos as sessões virtuais. Isso é um acinte à população, um escárnio, a população está trabalhando no dia a dia, nos seus locais físicos, sem a opção de trabalhar de forma remota. Nas sessões nada garante que o parlamentar esteja participando. Você pode só colocar ali a foto, não precisa falar nada, discutir, não precisa sequer manifestar voto, porque o voto é registrado a partir da não manifestação do parlamentar, então peço para que nós voltemos às sessões 100% presenciais”, disse o vereador.
Ainda segundo Guedes, além de ainda ter sessões híbridas na CMM, elas ocorrem apenas três vezes na semana e acabam que as sessões são prejudicadas pela realização de homenagens, que para o vereador, são um verdadeiro absurdo eventos dessa natureza serem realizados no momento da sessão plenária onde deve ocorrer discussões importantes para a cidade.
De acordo com o texto da emenda ao Projeto de Resolução nº 022/2021, o Pequeno Expediente, com duração de sessenta minutos, e a Ordem do Dia, momento em que são votadas e discutidas as proposições legislativas, seriam realizados às segundas, quartas e sextas-feiras. Já o Grande Expediente, com duração de noventa minutos, seria realizado às terças e quintas-feiras. De acordo com o parlamentar, as audiências públicas, homenagens e concessões de honrarias seriam realizadas no contraturno das sessões ordinárias.
“Todos os dias têm demandas, denúncias, cobranças, temas de interesse da população. É uma farra de falta de trabalho, óbvio que o trabalho de rua é importante, mas o trabalho genuíno do parlamentar é na Câmara, no Plenário, espaço de debate, espaço oficial para trazer denúncias, votar projetos. A voz do parlamentar, principalmente independente, está sendo calada por falta de oportunidade de fala”, ressaltou o vereador.
Foto: Michell Mello