Medidas necessárias para transformar o aeroporto internacional Eduardo Gomes em ponto de conexão do Brasil com América do Norte e Caribe foram debatidas em evento com representantes de instituições públicas e privadas. Localização estratégica de Manaus foi enaltecida durante o seminário
As ações necessárias para o principal aeroporto de Manaus se tornar Hub da Amazônia, bem como discussões sobre a ampliação da conectividade aérea e melhorias logísticas na região foram debatidas no seminário “A importância do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para o Desenvolvimento Econômico Sustentável de Manaus”. O evento foi realizado nesta sexta-feira (22), no auditório da Suframa e contou com representantes de instituições públicas e privadas, além de especialistas e executivos da Vinci Airports.
O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, explicou o atual papel estratégico da Autarquia de articulações e formação de parcerias com os principais atores da Amazônia em prol do desenvolvimento sustentável. “Temos que aproveitar esse momento em que estamos plenamente alinhados, a Suframa, a prefeitura e o governo do Estado para fazer as revoluções que nossa região precisa. É hora de integrar esforços, reforçar nossas capacidades e compensar nossas deficiências, para gerar desenvolvimento e espraiar as riquezas. A palavra de ordem é sinergia”, salientou.
O superintendente também destacou projetos com potencial de atração de turistas e incremento na demanda por voos, como é o caso do “Zona Franca de Portas Abertas”. Um projeto pelo qual as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) serão inseridas em roteiros turísticos de visitação.
O gerente de Marketing e Negócios Aéreos da Vinci Airports, Marcus Campos, detalhou o planejamento da multinacional francesa para transformar o Eduardo Gomes em Hub da Amazônia, em razão da localização de Manaus tornar a cidade como “destino ideal para conectar o Brasil com a América do Norte e Caribe para aviões de médio porte”.
Em abril, a Vinci Airports – que administra 52 aeroportos em 12 países e 3 continentes – ganhou a licitação para gerir os aeroportos de Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Rio Branco e Cruzeiro do Sul (AC), além de Manaus, Tabatinga e Tefé (AM). O compromisso de investimento é de R$ 1,4 bilhão.
“Nós da Vinci nos surpreendemos com Manaus, com toda a sua estrutura e oferta de serviços, como os hotéis e restaurantes. Acreditamos que Manaus é o lugar certo para a inserção de novas rotas. Nossa ideia, antes de aumentar os voos internacionais para cá, é o de conectar Manaus ao resto do Brasil. Estamos em momento difícil para a aviação, em que cada vez mais companhias devolvem aeronaves e há redução de voos. Ainda assim, por causa de sua localização, Manaus pode se tornar um centro logístico”, afirmou o executivo. No Brasil, relembrou Campos, a maior concessionária privada de aeroportos do mundo já opera o aeroporto de Salvador (BA) desde 2018.